Pobreza e Velhice

Joana Almeida

19 Out 2017

Um estudo da OCDE mostra que, devido ao desemprego e aos baixos rendimentos, as novas gerações viverão essa fase de uma forma pior do que os seus pais em termos de condições econômicas e proteção social.

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostra que a experiência de velhice vai mudar para radicalmente para as gerações nascidas depois da década de 60. O estudo mostra que, devido ao desemprego e aos baixos rendimentos, as novas gerações viverão essa fase de uma forma pior do que a dos seus pais em termos de condições económicas e proteção social.

“As gerações mais jovens vão enfrentar maiores riscos de desigualdade em idade avançada do que os reformados dos dias de hoje. Entre as gerações nascidas após os anos sessenta, a experiência de velhice mudará drasticamente”, lê-se no relatório divulgado esta quarta-feira. “Além disso, com queda do tamanho das famílias, a maior desigualdade em relação à vida profissional e a redução das reformas, alguns grupos enfrentarão um alto risco de pobreza”.

Segundo o estudo, os ‘baby boomers’ nascidos no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, beneficiaram de um crescimento económico assinalável, que possibilitou uma diminuição da desigualdade e uma maior proteção social, tendo em conta as crescentes preocupações com o bem-estar da sociedade abalada pelos tumultos da guerra. Os seus filhos com idades entre os 35 e os 50 anos, no entanto, “não serão tão ricos como os seus pais na velhice”. E os seus netos, nascidos depois de 2000 e que fazem parte da chamada geração do milénio, enfrentarão uma situação “particularmente difícil”.

“Os futuros idosos viverão mais tempo, mas são cada vez mais os que estarão desempregados em algum momento das suas vidas ou sujeitos a salários baixos, enquanto outras gerações terão desfrutado de rendimentos mais altos e estáveis”, explica o relatório da OCDE. “As desigualdades na educação, saúde e emprego começam a crescer em idades precoces”.

A OCDE nota ainda que o Japão será em 2050 o país com maior número de idosos do mundo, seguido de perto pelos países do sul da Europa: Itália, Grécia, Espanha e Portugal.

Fonte: Jornal Econômico

Site:> http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/novas-geracoes-viverao-alto-risco-de-pobreza-na-velhice-alerta-ocde-223092#.Wesvj9Mx9KJ.facebook

Conselho Nacional do Idoso cadastra fundos municipais e estaduais

Através da Portaria nº 290, de 13 de setembro de 2017, o Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Idosa –
chama os municípios, estados e Distrito Federal a cadastrarem os fundos municipais e estaduais da pessoa idosa.

Mais informações no link abaixo:

Link: http://www.sdh.gov.br/noticias/2017/setembro/secretaria-nacional-da-pessoa-idosa-abre-cadastramento-de-fundos-estaduais-municipais-e-distritais

Ministro prorroga por um ano prazo para preenchimento de cadastro do BPC

Na manhã desta quarta-feira, 8, em Brasília, o ministro do Desenvolvimento Social e (MDS), Osmar Terra recebeu em seu gabinete em Brasília, representantes do  Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social (Fonseas). A secretária Patrícia do Amaral estava acompanhada de outros secretários do Brasil que compõem a diretoria do Fonseas.

Uma das pautas do encontro, dizem respeito à repactuação do prazo dado pelo Ministério para o preenchimento unificado do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que venceria em dezembro de 2017. O BCP transfere renda para idosos e pessoas com deficiência em todo o Brasil, mas ao contrário dos outros programas sociais, que concentram todas as informações no Cadúnico, para não haver duplicidade de pagamentos,  o mesmo não aplica ao BPC.

“O prazo que o Ministério nos deu era muito exíguo. Há ainda falta de conhecimento por parte dos idosos e pessoas com deficiência para que seja feito um novo recadastramento”, disse a superintendente da Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setas), Rosana Trindade, acrescentando que com o novo prazo, a Setas terá tempo suficiente para fazer com que todos preenchem os dados no Cadúnico.

Além da concessão da data, a comitiva solicitou ao Ministro que fossem feitas revisão e ampliação do orçamento da assistência, uma vez que se houver mais cortes do orçamento para manter os serviços sócio-assistenciais, a população será prejudicada. “Temos de ter um atendimento mínimo desses serviços. É necessário que a política da Assistência Social seja observada com outro olhar. A assistência é de quem dela precisar”, pontuou a secretária Patrícia do Amaral.

Fonte: SETAS – Governo do Estado de Tocantins